domingo, 21 de agosto de 2016


Mentes em choque.

     Em uma noite qualquer me deparei com um viajante, ele tinha um largo sorriso em seu rosto e demonstrava ter um conhecimento de mundo bem amplo. Iniciei o dialogo meio despreocupado, precisava saber o que ele tinha vivido para ter adquirido tanta experiência em tão pouca idade. Então, ele me contou de suas aventuras, mas por mais que ele me contasse do que havia vivido, sua intimidade continuava guardada a sete chaves, havia algo em seu Ser, um compartimento que ele não me permitia adentrar. Quando toquei neste aspecto ele se assustou, e como uma máquina robótica qualquer, ativou seu modo de ataque, ou melhor o seu modo de autodestruição, logo não entendi ao certo porque dele utilizava metáforas para dialogar comigo, mas com o decorrer da conversa eu pude perceber que aquilo era uma barreira, algo que se levantava sempre que alguém tentava penetrar os seus sentimentos. Ele me disse que a autodestruição era necessária, e com as suas próprias palavras, dizia em alto e bom som “Eu me destruo o tempo todo”, como pode uma pessoa tão sabia se destinar a destruição? Após o encontro com este viajante, eu fui embora, porém minha mente continuava ligada a ele. Logo eu compreendi, sua experiência vinha daquilo que ele tanto queria esconder, seus sentimentos eram sua essência, o Amor que corria em sua fala tão dócil era o mesmo que circulava em suas artérias. E como num sonho translúcido uma voz chamada consciência me fez perceber que a autodestruição é necessária para que possamos nos reinventar e nos permitir a vivenciar coisas novas infinitamente, se você for o mesmo a vida toda, esta indubitavelmente fadado ao sofrimento, permita-se ser um novo alguém a cada nascer de sol e aproveitará a vida na sua totalidade. E assim, uma breve conversa de dez minutos, trouxe uma enorme bagagem de conhecimento para a minha vida. Quem é esse viajante? Eu não sei. Só sei que era poeta.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016


Despedidas são necessárias.

     Era dez da noite, fazia frio lá fora, eu estava sentado sobre a sua cama desarrumada na esperança de sentir seu cheiro pela última vez antes de partir, eu necessitava partir, por mais que eu não quisesse era algo necessário, despedidas doem, mas sem elas não seriamos capazes de descobrir a alegria do reencontro ou até mesmo de um novo encontro. Saí pela porta dos fundos antes que você chegasse, eu não suportaria a dor de te falar um adeus, quando na realidade um “eu te amo” era o que minha boca sentia desejo em dizer. Liguei o carro e acendi um cigarro, queria me diluir como a fumaça daquela droga, queria transcender e sumir daquele lapso temporal em que me encontrava, de nada adiantou, meu corpo estava longe de você, no entanto minha mente continuava em cárcere ao seu lado. Enquanto estava no carro, decidi ligar o rádio para que o som de alguma melodia pudesse entrar na minha mente e fizesse eu esquecer a dor que era te deixar, novamente de nada adiantou, Nando Reis me fez vivenciar novamente toda aquela dor... Desliguei o rádio e segui a viagem em silêncio, as lágrimas em meu rosto tomaram conta da minha face, queria me manter forte, queria ser forte neste momento de tanta angustia... mas eu era humano, e por ser apenas um humano eu não sabia lidar com aquilo, quem dera eu ter nascido poeta para saber escrever ao menos um poema para lembrar de você depois que o esquecimento te encontrasse primeiro e após viesse me visitar. Eu te amava, sempre te amei, mas precisava partir, você era algo tóxico, um mar de ilusões na qual eu mergulhei sem saber a profundidade, agora eu estou aqui, aos prantos dentro de um automóvel que me levara para algum lugar bem distante de você. Você que um dia me fez tão feliz, hoje me corrói com a sua particularidade egocêntrica, mas eu te amo mesmo assim, pois assim é o Amor, um eterno labirinto na qual devemos nos perder para que alguém nos ache. E eu sigo assim, com essa dor no peito na certeza de que um dia ela passe, um dia ela passará, e eu irei te reencontrar e rir de tudo isso que passamos juntos. Mas até lá... serei como um verbo transitivo necessitando sempre de um completo. 


domingo, 14 de agosto de 2016

O despertar da paixão.


  Já era tarde,
  Meu celular tocou,
  Uma notificação,
  Meu coração palpitou
  Li, sorri.
  Senti paixão.
  Era você,
  Suas palavras me despertaram emoção
  Tudo estava bem,
  Você estava ali,
  JUNTO AO MEU CORAÇÃO;

sábado, 13 de agosto de 2016


Existe um lugar onde é livre sermos livres. Um lugar onde não há medo, não há padrões, não há regras. Um lugar onde o medo da existência do Ser, torna-se irrelevante. Este lugar esta dentro de você, basta sentir. Eu venho de uma NOVA CULTURA, a cultura do AMOR.
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